Entrevista: Rodrigo Murta, autor do livro “Conversando com Robôs: A Arte de GPTear”, conta bastidores da obra e percepções para o futuro da ferramenta em call com time Sing

 

Adentrar o universo do ChatGPT é embarcar em uma jornada de inovação e potencial ilimitado, e o tradicional Clube do Livro da Sing Comunicação começou 2024 desbravando esse tema super necessário para o ramo da tecnologia e seus desdobramentos: a inteligência artificial.  

O livro “Conversando com Robôs: A Arte de GPTear”, publicado pela Editora Labrador, foi o escolhido da equipe Sing para entender mais detalhes sobre como funciona a ferramenta e de quais formas ela pode se adaptar aos processos pessoais e corporativos.  

A ideia da obra é, justamente, desvendar os avanços mais recentes no campo da tecnologia conversacional e compartilhar dicas práticas para integrá-los ao cotidiano.  

Para enriquecer nossa exploração deste universo tão fascinante e, ao mesmo tempo, novo para muitas pessoas, o time teve o privilégio de contar com a perspicácia do autor do livro, Rodrigo Murta, uma mente visionária no campo da IA, em um bate-papo cheio de aprendizagem com a equipe Sing Comunicação, além de insights relacionados à essa publicação inspiradora. 

Iniciamos a conversa para entender os bastidores da escrita do livro, que traz como principal personagem essa revolução conversacional e os segredos por trás desse fenômeno tecnológico. 

  • Equipe Sing - Como surgiu a ideia de escrever o livro? 

Rodrigo Murta – “Por conta da minha formação em física quântica e minhas experiências no mundo corporativo com ciências de dados e programação, acabei desenvolvendo uma plataforma de processamento de linguagem natural para as empresas, a Looqbox, que traz informações da organização por meio de perguntas, assim como o ChatGPT. Porém, essa ferramenta foi desenvolvida antes da popularização do Bot, e as pessoas ainda não conheciam o funcionamento desse tipo de plataforma. Com o lançamento da ferramenta da OpenAI, também começamos a testar suas funcionalidades e de que forma ela poderia ser útil em diversos âmbitos de conversação. Calhou que estava com vontade de escrever um livro com essa ideia do ChatGPT, algo que já tenho familiaridade, e decidi escrever essa obra para mostrar a todos como podemos usar a ferramenta da melhor maneira possível”. 

 

  • Equipe Sing - Você coloca vários temas no livro para quem trabalha ou não com a ferramenta. Na sua visão, tem algum aspecto que fará o ChatGPT ter sucesso para sempre e algo que nunca vai render na ferramenta? 

Rodrigo Murta – “Sempre terão assuntos, mas é necessário fazer boas perguntas. Então, a mudança maior está nas respostas commodities. A ferramenta ChatGPT impacta em todas as áreas do âmbito corporativo, vejo isso na Looqbox, por exemplo, que pode ser usada desde um job description até no marketing. O setor de programação é onde vejo que possui maior ganho em termos de produtividade, principalmente quando abordamos a economia de tempo. Ou seja, a ferramenta é um potencializador para as tarefas que já fazemos e não um substituto”. 

 

  • Equipe Sing - Quando você produziu o livro, ainda não existia o Google Bard. Você testou essa nova ferramenta? Há diferença entre eles? 

Rodrigo Murta – “Participei de um podcast recentemente onde fui convidado a comparar as duas plataformas. Porém, a resposta que o Bard me mostrou foi algo desconexo e sem sentido. O Google está um pouco desesperado, pois precisa mostrar serviço, mas nessa corrida ele está atrasado. O Bard é ligado à internet aberta e isso era interessante, antes do ChatGPT versão 4, que já possui a mesma tecnologia.” 

 

  • Equipe Sing – A inteligência artificial é um tema que sempre conta com atualizações e a ferramenta do ChatGPT acompanha essa evolução. Você acredita que o livro possui tempo útil?  

Rodrigo Murta – “Total! Comecei a escrever em janeiro de 2023 e corri para fazer o conteúdo, fechando entre abril e maio. Quando fui em busca de uma editora, pesquisei por uma que me proporcionasse velocidade para fazer a publicação. Como era uma ideia pessoal, eu banquei o livro e a Labrador foi super parceira nisso.” 

 

  • Equipe Sing – O que falta para o ChatGPT se popularizar mais entre pessoas físicas? 

Rodrigo Murta – “Acredito que será um processo natural. E, de acordo com algumas pesquisas, ela é a ferramenta mais utilizada em menos tempo. Porém, pode levar um pouquinho de tempo para isso acontecer de vez. Já houve uma explosão na utilização do Chat e ela continua crescendo. Cada vez mais ela vai entrar no cotidiano das pessoas”.  

 

  • Equipe Sing – Entre inúmeros temas e conversas que você poderia abordar no livro, você focou apenas em 16 assuntos. Qual o motivo para essa escolha?  

Rodrigo Murta – “Por afinidade e conhecimento, além de perguntar para algumas pessoas os temas que elas achavam interessantes. Com isso, quis mostrar o que fazer com o ChatGPT e as limitações da ferramenta. Continuo estudando outros assuntos que podem render aplicações no Chat, assim como o Direito, por exemplo.” 

 

  • Equipe Sing – As Big Techs começaram a se unir para pausar o desenvolvimento da ferramenta da OpenAI e discutir sobre a regulamentação. O que acha sobre isso? 

Rodrigo Murta – “Realmente há o receio de algumas pessoas em relação à plataforma, por não conhecerem de que maneira ela pode ajudar, mas também há outras pessoas que são oportunistas, assim como o Elon Musk, por exemplo, que recentemente pediu a paralisação da plataforma e logo após anunciou sua própria ferramenta.  

Aqui no Brasil, já há a discussão sobre a regulamentação da plataforma, porém ainda nem fizemos a tecnologia, não sabemos como operar. Isso pode ser um problema, pois outras países estão preocupados em explorar e a incentivar a inteligência artificial, visto que ela será o futuro. E, neste cenário, estamos ficando para trás de novo em inovação e tecnologia no país.” 

 

  • Equipe Sing – Como você administra a sua agenda entre a Looqbox e as palestras sobre o livro? A publicação abriu novas portas? 

Rodrigo Murta – “Para mim ajudou bastante, pois em reuniões comerciais e apresentação de produtos em grandes empresas, a minha presença é importante para tomadas de decisões nas compras. Quando eu chego na reunião já um ‘quebra gelo’ e me perguntam sobre o ChatGPT, além de criar autoridade para a empresa, com alguém que entende do seu produto e a ferramenta desenvolvida.” 

 

  • Equipe Sing – Percebemos que houve preocupação em explicar termos técnicos e dar ao livro uma linguagem mais coloquial, para que todos pudessem entender. Você teve alguma dificuldade durante a escrita do livro para deixá-lo mais explicativo para os leitores? Além disso, você tem outras dicas sobre a utilização do Chat e que não estão no livro?  

Rodrigo Murta – “Meus pais são do mundo acadêmico e por isso, utilizei eles como termômetro para entender onde poderia melhorar na linguagem e deixar explicativo ao leitor. O único capítulo mais técnico é o de algoritmos. Em relação à dica, é para que as pessoas nunca desistam na primeira tentativa de uso, além de explorar a parte de imagem, agora na versão 4. Está bem bacana”. 

 

  • Equipe Sing – Para você, o que mais te fascinou ou surpreendeu em seus anos de estudo e de conhecimento dentro desse universo e que te fez querer escrever sobre o ChatGPT? 

Rodrigo Murta – “A forma de escrever de diversas maneiras, inclusive carinhosa, foi onde me encantou, pois, a ferramenta traz esse diferencial. Também vejo grande impacto em áreas essenciais do mundo como saúde e educação por meio da linguagem natural, já que permite ter a mesma aplicação para locais mais desenvolvidos e mais vulneráveis, por exemplo. 

 

  • Equipe Sing – Você pensa em atualizar o livro? 

Rodrigo Murta – “Com certeza! Estou aguardando a nova atualização do ChatGPT com a versão 5 para já conciliar o lançamento da ferramenta com a publicação do livro.” 

Deixamos registrado o nosso agradecimento ao Rodrigo Murta e a Editora Labrador pela parceria.  

Sinopse: Vivemos um momento singular na história da humanidade, em que nossa interação com as máquinas passa por uma profunda metamorfose. De acordo com a renomada futuróloga Amy Webb, a habilidade de se comunicar com a Inteligência Artificial se tornará tão crucial quanto ler, escrever ou utilizar uma calculadora. Diante desse cenário, muitos se perguntam: o que realmente está acontecendo? Estamos preparados para essa mudança? Como extrair o melhor que a Inteligência Artificial tem a oferecer? Quais são as verdadeiras ameaças à humanidade e como podemos aproveitar ao máximo essa inovação? Em Conversando com robôs, desvendamos os avanços mais recentes no campo da tecnologia conversacional e compartilhamos dicas práticas para integrá-los ao nosso cotidiano. Este livro, de leitura ágil e aplicação imediata, aborda os mais variados temas da vida moderna. Esperamos que, ao explorar estas páginas, você aprecie nossas interações com os robôs e, assim, desenvolva uma compreensão mais aprofundada das oportunidades e desafios que a Inteligência Artificial apresenta. Ao final desta jornada, nosso objetivo é que você se sinta mais confiante e bem-informado para enfrentar os desafios e aproveitar as vantagens que a era da Inteligência Artificial traz consigo, transformando seu dia a dia e contribuindo para um futuro mais promissor e colaborativo entre humanos e máquinas. 

“Conversando com Robôs: A Arte de GPTear”, de Rodrigo Murta, publicado pela Editora Labrador, tem 224 páginas e está à venda nas plataformas de e-commerce. Agradecimento à Labrador pela parceria e ao autor pela oportunidade de conhecer seu trabalho e trocar informações por meio desse bate-papo. 

Jennifer Oliveira 

Sing Comunicação 

  


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