É hora de conversar com máquinas inteligentes

Marcio Aguiar*

A Inteligência Artificial é um dos tópicos que estarão em alta na próxima década, segundo o estudo Technology Vision, realizado pela Accenture. A pesquisa, com respostas de mais de seis mil executivos de 25 países, mapeou as principais tendências tecnológicas do futuro.

Na verdade, já demos início à Era da Inteligência Artificial. A tecnologia está presente em diversas funções cotidianas do ser humano, como nas recomendações de produtos, de acordo com sua última compra no site de uma loja; ou nos sensores que auxiliam motoristas a estacionar o veículo, prevenindo acidentes. Mas é como se estivéssemos ainda apenas na ponta do iceberg.

Há muito potencial nas melhorias que a IA pode gerar para a vida do ser humano. Entre uma das principais tendências atuais está a Inteligência Artificial de conversação, a habilidade da máquina de compreender o que está sendo dito ou escrito, permitindo que seres humanos e sistemas se comuniquem cada vez melhor.

O conceito em si é permitir que uma pessoa converse com uma máquina de forma fluída, seja no formato escrito ou por meio de voz, e com avançado grau de entendimento. Isso porque a máquina reconhecerá o texto ou o áudio, fará a interpretação do que foi dito e responderá de forma humanizada. 

Ótimos exemplos dessa crescente podem ser vistos pelas assistentes virtuais inteligentes, como Siri, Alexa, Cortana, entre outras. Por meio de diversas aplicações de IA, a plataforma reconhece o comando do usuário por voz e pode realizar diversas funções como agendar um despertador, realizar a leitura de um ebook, e até controlar as funções inteligentes em uma casa.

Muito além de apenas realizar pequenas funções do cotidiano, o potencial dessa tecnologia é muito grande. Uma equipe de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) utilizou deep learning para descobrir o que pode ser chamado de “diagnóstico por fala” - detectando sinais de depressão por meio da análise da fala de um paciente. Esse treinamento resultou no modelo da equipe identificando depressão a partir de uma conversa normal com mais de 70% de precisão durante a inferência, a partir do diagnóstico de especialistas em saúde mental.

As técnicas usadas para identificar a depressão geralmente envolvem especialistas em saúde mental fazendo perguntas diretas e tirando conclusões fundamentadas. No futuro, essas avaliações pontuais podem ser menos necessárias, com uma IA conversacional treinada para o monitoramento contínuo da saúde mental.

Diversas empresas ao redor do mundo já estão de olho nessa nova tendência. Tendo em mente a estimativa de que as empresas gastem mais de US$ 50 bilhões em sistemas de IA ainda em 2020, segundo estudo do IDC, muitos projetos devem envolver IA conversacional. Em 2019, foram investidos US$ 37,5 bilhões com projetos envolvendo IA. A expectativa para 2024 é de que o investimento atinja US$ 110 bilhões.

As possibilidades são imensas, tanto para empresas como para indivíduos. Já temos capacidade de processamento suficiente para criar máquinas inteligentes que compreendem nossos comandos e solicitações, criando conversas cada vez mais similares às que envolvem apenas seres humanos. Agora, resta aos desenvolvedores criarem sistemas e plataformas que serão uma surpresa até mesmo para o desenho animado da “Família Jetson” no relacionamento entre pessoas e máquinas.

 

*Marcio Aguiar é diretor da NVIDIA Enterprise para América Latina

 

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