Maturidade tecnológica nas empresas: a importância de começar pela base da inovação

Por Helcio Lenz*

Novas tecnologias estão constantemente transformando as indústrias, sendo a de logística uma das mais impactadas. Hoje, ferramentas inovadoras tornam possível desenvolver assistentes de IA sofisticados para atendimento ao cliente, rastreamento de pedidos e suporte técnico automatizado. Outras soluções permitem comunicação por voz em tempo real, possibilitando que operadores de armazém, motoristas e robôs logísticos utilizem comandos de voz. Isso aumenta a produtividade e minimiza erros em toda a operação.

Integrar essas soluções à logística abre novas possibilidades, desde tornar o rastreamento de pedidos mais eficiente e a previsão de demanda mais precisa com assistentes de IA, até reduzir erros e acelerar processos com comandos de voz. Diante dessas inovações, é essencial entender que, para incorporar novas tecnologias com sucesso, as empresas devem começar com um forte senso de propósito. Afinal, as corporações são como famílias com genealogias complexas. É necessário compreender sua história, infraestrutura atual e a forma como os times interagem. A tecnologia é uma ferramenta, e só faz sentido quando apoia o negócio, seja por meio da precisão, previsibilidade ou velocidade.

Antes de buscar uma solução tecnológica, é fundamental definir qual mudança se deseja alcançar e quais resultados são esperados. Só então faz sentido procurar a tecnologia certa no mercado para esse propósito específico. No fim das contas, a tecnologia deve servir às necessidades do negócio, porque, sem um propósito claro, ela perde o sentido.

Também é essencial incentivar a curiosidade e o espírito de exploração entre os colaboradores, para garantir que evoluam junto com a tecnologia. A transformação tecnológica é extremamente rápida, e a inteligência artificial já está nos impactando de várias maneiras. Estamos aprendendo a navegar nessa nova realidade, explorando suas possibilidades e descobrindo como gerar valor para as empresas por meio de sua aplicação. Por isso, adaptar equipes, oferecer treinamentos e estimular os profissionais a assumirem papéis mais estratégicos são fatores essenciais para o sucesso a longo prazo.

Segundo o relatório da McKinsey de 2024, 13% das empresas não estão alcançando plenamente os resultados esperados com a digitalização da cadeia de suprimentos. O primeiro passo para resolver esse problema é entender as expectativas iniciais da organização: qual era a visão por trás do investimento? Ela era realista? Estava baseada em um plano de negócios ou era apenas uma aposta otimista?

Muitas empresas investem em tecnologia sem considerar as pessoas e os processos envolvidos, assumindo que ela sozinha resolverá diversos desafios operacionais. Na minha visão, expectativas claras vêm de uma análise bem estruturada, um verdadeiro “dever de casa” que as organizações precisam fazer.

Por outro lado, tecnologias fundamentais como OMS (Order Management System), WMS (Warehouse Management System) e TMS (Transportation Management System) têm mostrado impacto significativo: 24% das empresas que investiram nesses sistemas essenciais relataram ter alcançado os resultados esperados, de acordo com a McKinsey. Esse número é consideravelmente maior do que o das soluções mais avançadas, como torres de controle totalmente digitalizadas ou previsão de demanda baseada em IA analítica, que apresentaram apenas 4% de sucesso na entrega dos resultados esperados.

Essa disparidade levanta um ponto crítico: será que as empresas com dificuldades em extrair valor de tecnologias avançadas implementaram antes as soluções fundamentais? Afinal, esses sistemas essenciais são a espinha dorsal das operações, gerando dados de alta qualidade para que tecnologias mais sofisticadas possam ser aplicadas com eficácia. Ter expectativas claras e um plano bem definido é essencial antes de adotar a próxima tendência tecnológica.

As empresas de logística devem estar preparadas para adotar e integrar essas tecnologias de forma estratégica. Mais do que simplesmente investir em ferramentas avançadas, é vital que as organizações entendam o papel dessas soluções na otimização de processos, na redução de custos e na construção de uma cadeia de suprimentos mais eficiente e resiliente. A adaptabilidade, também, é essencial.

O ideal é que a tecnologia escolhida apoie a escalabilidade do negócio sem exigir uma reformulação completa dos sistemas existentes, permitindo que a empresa cresça de forma sustentável ao longo do tempo. O futuro da logística está diretamente ligado à adaptabilidade e à inovação, e quem souber aproveitar essas oportunidades será líder no mercado.

* Helcio Lenz, Managing Director da Infios na América Latina

Sobre a Infios

A Infios é uma líder global em execução de cadeias de suprimentos, comprometida em melhorá-las incansavelmente, todos os dias. Com um portfólio de soluções flexíveis, a empresa ajuda negócios de todos os portes a simplificar operações, otimizar a eficiência e gerar impactos mensuráveis. Presente em mais de 70 países e atendendo mais de 5.000 clientes, a Infios oferece tecnologias inovadoras que evoluem junto com as demandas do mercado. Com profunda expertise e um compromisso com a inovação estratégica, a empresa transforma cadeias de suprimentos em vantagens competitivas, promovendo resiliência e um futuro mais sustentável. A Infios é uma joint venture entre a Körber, fornecedora global de tecnologia, e a KKR, empresa de investimentos internacionais.

Saiba mais em www.infios.com.

 

Sobre Helcio Lenz, Managing Director da Infios na América Latina

Helcio Lenz é responsável pela Infios na América Latina. À frente das tendências, também lidera esforços para introduzir novas soluções no mercado da região, como E3PL, voz e robôs móveis autônomos (AMR). Já liderou projetos de sucesso em WMS, programação precisa, automação, entre outros.

Antes de ingressar na Infios, fundou a Otimis em 2004 – empresa com foco de atuação em soluções para cadeias de suprimento com tecnologia. Fez parceria com a HighJump para introduzir soluções de automação de armazéns no Brasil, e, em 2019, a Otimis foi adquirida pela Infios, na época chamada de Körber Supply Chain. Helcio atua no setor de logística há 30 anos e é mestrado em Administração de Empresas (MBA), com Gestão Estratégica de Vendas, além de ser graduado em Tecnologia da Informação pela Universidade do Estado de Santa Catarina.

Fala sobre: Desenvolvimento de negócios, Estratégia, Formação de equipes.

LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/helciolenz/

 

Informações para a imprensa:

Sing Comunicação de Resultados

infios@singcomunica.com.br

25/06/2025


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