Além da sala de aula: o poder da educação na autonomia e empoderamento de meninas e mulheres

Por Edvânia Provinciato*

Sabemos que projetos sociais focados na educação de meninas e mulheres não são apenas ações humanitárias, mas investimentos estratégicos que alteram trajetórias individuais, familiares e nacionais. Por exemplo, quando uma menina frequenta e conclui mais anos de escola, os efeitos se estendem para além do desempenho escolar, como o impacto na saúde, na economia doméstica, e na capacidade de participação política e social.

Do ponto de vista econômico, a educação de meninas gera retornos concretos. Segundo um estudo recente realizado pela Plan International e pelo banco Citi, investir em meninas adolescentes resulta não apenas no crescimento individual delas, mas também na melhora da economia de todo o país. Conforme o estudo, países que implementarem intervenções que garantam que 100% de suas meninas completem o ensino secundário até 2030, podem observar um aumento de até 10% em seu Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que cada ano adicional de escolaridade tende a se traduzir em ganhos de longo prazo para elas e suas comunidades. Esses números transformam a narrativa uma vez que um projeto educacional bem desenhado deixa de ser gasto social para ser motor de crescimento econômico.

Os efeitos sociais são igualmente profundos. A educação feminina se correlaciona com menores taxas de mortalidade infantil, melhores indicadores de saúde materna e maior adoção de práticas de prevenção e cuidados de saúde. Mulheres escolarizadas têm mais autonomia para tomar decisões sobre sua vida reprodutiva e sobre os cuidados com os filhos. Promover o acesso e a conclusão da educação por meninas contribui diretamente para reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida nas comunidades mais vulneráveis.

Também há avanços mensuráveis na ampliação do acesso: números do Censo da Educação Superior 2023 contabilizaram 59,1% de presença de mulheres na educação superior no Brasil baseadas nas 10 milhões de matrículas desse nível. Isso demonstra que políticas públicas combinadas com ações locais (bem como bolsas, programas de transporte seguro, capacitação de professoras, programas de alimentação escolar, e ações de sensibilização comunitária) fazem diferença quando há coordenação e financiamento contínuo.

Projetos sociais que priorizam a educação de meninas e mulheres não são apenas gestos de justiça social, mas instrumentos comprovados de transformação econômica e da sociedade. Eles aumentam renda, melhoram a saúde pública, reduzem as desigualdades e rompem ciclos intergeracionais de pobreza. Investir nesse setor é, portanto, investir no futuro coletivo, com retorno social e econômico mensurável.

* Edvânia Provinciato é diretora das unidades Afesu Morro Velho e Afesu Veleiros. É gestora de Recursos Humanos e pós em Gestão Escolar.

 

Sobre a Afesu

Fundada em 1963, a Afesu (Associação Feminina de Estudos Sociais e Universitários) é uma organização sem fins lucrativos que promove a inclusão social de meninas e mulheres por meio da educação. Com cursos 100% gratuitos, voltados para beneficiárias de 7 a 25 anos, a instituição oferece formação integral, apoio escolar, qualificação profissional e desenvolvimento socioemocional e atua sempre em conjunto a família da beneficiária. Com unidades em regiões vulneráveis nas cidades de São Paulo — Jardim Taboão, Vila Missionária e Cotia —, a instituição já atendeu mais de 15 mil beneficiárias, impactando direta e indiretamente cerca de 60 mil pessoas.

A Afesu mantém uma sólida rede de parcerias com mais de 50 empresas e instituições — como WEG, Porto, Craft, Schneider Electric, Instituto Ambikira — que colaboram para a formação humana e iniciação profissional das beneficiárias. A organização também já recebeu diversos reconhecimentos por seu impacto social e por sua contribuição à educação de qualidade e equitativa no Brasil.

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16/12/2025


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