
Nos últimos anos, a comunicação tem passado por transformações profundas. Novos formatos, novas plataformas, novas vozes e, principalmente, novas formas de contar histórias. Participar do CASE 2025 reforçou essa percepção, especialmente ao acompanhar a palestra de Mariana Dias, que trouxe uma reflexão potente sobre resiliência, escolhas e empreendedorismo, temas que dialogam diretamente com quem trabalha comunicando marcas, pessoas e propósitos.
Mariana compartilhou sua trajetória de forma honesta e bem estruturada. Não foi apenas uma história pessoal, mas uma narrativa construída com clareza, sensibilidade e propósito. Para quem atua em comunicação, é impossível não prestar atenção em como histórias reais que quando bem contadas, geram conexão imediata e credibilidade.
Desde a infância, Mariana sonhava em ser policial. A admiração pela profissão vinha do impacto social que ela enxergava nessa atuação. Com o tempo, porém, o convívio com os pais, microempresários que enfrentaram diversas dificuldades financeiras, passou a influenciar suas decisões profissionais. Ver de perto os desafios, a instabilidade e os riscos do empreendedorismo moldou sua visão de futuro e a fez refletir sobre autonomia, segurança e construção de carreira.
Esse ponto da palestra me chamou muito a atenção sob a ótica da comunicação: nossas vivências moldam nossas escolhas, e essas escolhas definem a forma como nos posicionamos no mundo. Nenhuma narrativa nasce pronta. Ela é construída a partir de contexto, experiências e, principalmente, da capacidade de interpretar a própria história.
Foi assim que Mariana decidiu empreender. Não como um movimento impulsivo, mas como uma escolha consciente, baseada em propósito e aprendizado. Ao falar do início da sua carreira, em 2015, ela reforçou algo que faz total sentido para a nossa área: os obstáculos fazem parte do processo. Comunicação também é adaptação constante. Estratégias mudam, discursos são ajustados, canais evoluem e quem não entende isso, fica para trás.
Mariana falou sobre erros, inseguranças e momentos de dúvida com naturalidade. A resiliência, segundo ela, não está em não errar, mas em aprender rápido e seguir em frente. Essa lógica se aplica perfeitamente ao nosso dia a dia como comunicadores, em um mercado que exige leitura de cenário, flexibilidade e capacidade de resposta o tempo todo.
Hoje, além de sua atuação na Gupy, Mariana se envolve em iniciativas que apoiam mulheres empreendedoras e participa de conselhos de ONGs. Esse engajamento social aparece como parte central da sua trajetória, não como algo acessório. Do ponto de vista da comunicação, fica claro como propósito, impacto social e reputação estão cada vez mais conectados, tanto para pessoas quanto para marcas.
Saí dessa palestra com a sensação de que sucesso, assim como comunicação, não é linear. É um processo contínuo de escuta, aprendizado e ajuste. Não se trata apenas de onde se quer chegar, mas de como se constrói o caminho e se comunica cada etapa dele.
A história de Mariana Dias é um lembrete importante de que mudar de rota pe um sinal de maturidade. Que comunicar bem começa por entender pessoas, contextos e histórias reais. E que, no fim, são as narrativas verdadeiras que constroem confiança, conexão e relevância.
Luiz Valloto
17/12/2025
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