Como a Cultura e Inovação podem ser pontos-chave para a transformação das empresas?

A busca pela inovação e por uma cultura organizacional que se sustente é um dos maiores desafios das empresas atualmente, especialmente quando pensamos na área da comunicação. Recentemente, tive o prazer de participar do webinar promovido pelo GT de Inovação da Abracom, que abordou justamente esse tema crucial: “Cultura e Inovação: Construindo o Mindset da Transformação na Comunicação” 

O encontro, que reuniu especialistas renomados na área, deixou claro que a verdadeira transformação não vem apenas na aquisição de softwares de última geração, mas que inovar vai muito além de ferramentas tecnológicas. É, fundamentalmente, uma questão de pessoas e de cultura de cada lugar. 

Um dos pontos altos durante o debate foi o destaque sobre a distinção entre inovação e digitalização. Basicamente, a digitalização é a adoção de tecnologias para otimizar processos existentes e a inovação, por outro lado, é a busca por novas formas de gerar valor, ou seja, fazer as coisas de maneira diferente. Os palestrantes destacaram que, sem uma visão mais ampla e aberta ao erro, à experimentação e à colaboração, qualquer investimento em tecnologia se torna apenas uma otimização incremental, não uma transformação disruptiva, de mentalidade. Foi amplamente discutida a necessidade de abandonar o medo do fracasso e abraçar a cultura do MVP (Produto Mínimo Viável); criar um ambiente onde as equipes se sintam seguras para testar ideias rapidamente; aprender com os resultados negativos e iterar é vital. O fracasso deixa de ser um tabu e se torna uma poderosa fonte de insight para que futuras situações semelhantes não voltem a acontecer. 

Para construir essa cultura de alto impacto, o webinar delineou alguns pilares essenciais. A inovação começa no topo, com a liderança como exemplo, que deve demonstrar vulnerabilidade, curiosidade e disposição para questionar o status quo. Não basta falar sobre inovação, é preciso agir de forma inovadora e apoiar ativamente os projetos que fogem do convencional. Além disso, a inovação prospera no que é diferente, com variados pontos de vista, o que torna a diversidade de pensamento não apenas uma pauta, mas um imperativo de negócio. Equipes com diferentes formas de pensar trazem soluções mais criativas e abrangentes. Este foi também um ponto bem ressaltado: as pessoas só arriscam e compartilham ideias “malucas” se souberem que não serão punidas ou ridicularizadas. Dar segurança para a equipe manifestar seus pensamentos é enriquecedor para o desenvolvimento do time e motivador para que cada vez mais pessoas tragam suas ideias. 

O setor de comunicação tem um papel duplo nessa jornada pela transformação de pensamentos na empresa. É ele que deve ser a primeiro a adotar novas metodologias, aplicando-as não apenas em campanhas, mas em sua estrutura e processos internos. Além disso, deve atuar como o porta-voz e facilitador da nova cultura, comunicando os sucessos e aprendizados dos fracassos de inovação e garantindo que o novo mindset se espalhe por todos os núcleos da empresa.  

O recado final é claro: A cultura é o principal sistema operacional que roda a estratégia de inovação. Sem ela, a tecnologia é apenas um luxo caro. É preciso investir tempo, energia e coragem para construir esse ambiente, garantindo que a transformação na comunicação seja profunda e sustentável. 

 

*Por Thamiris Galhardo 

24/11/2025

 

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