Estratégias para engajar diferentes públicos em campanhas ambientais

*Por Camilla Horizonte

Em um cenário global cada vez mais impactado por crises ambientais, falar com a sociedade sobre sustentabilidade é essencial. Mas como criar campanhas ambientais que realmente toquem as pessoas, especialmente aquelas que não estão naturalmente engajadas com o tema?

Muitas ações de comunicação ambiental focam, de maneira quase automática, nos públicos já sensibilizados. É o caminho mais fácil: essas pessoas buscam ativamente por conteúdos relacionados ao meio ambiente, seguem perfis que abordam o tema e já fazem parte de redes e espaços que incentivam comportamentos sustentáveis.

Do ponto de vista do marketing, isso se chama “intenção espontânea” — quando o público já tem predisposição e interesse no assunto. Esse comportamento é valioso, mas revela uma armadilha: se falamos apenas com quem já está engajado, corremos o risco de reforçar uma bolha e deixar de fora justamente quem mais precisa ser impactado.

No caso da Reciclus, que atua na logística reversa de lâmpadas fluorescentes em todo o Brasil, esse desafio se intensifica. Não basta comunicar com quem já recicla, é necessário alcançar públicos diversos, em regiões com pouca infraestrutura e onde a temática ambiental ainda é distante da realidade cotidiana.

Como chamar a atenção de quem (ainda) não se importa?

O segredo está na conexão genuína com a rotina das pessoas. Quando falamos em campanhas ambientais eficazes, não se trata apenas de ter uma boa mensagem, mas de encontrar o meio certo, o momento certo e a linguagem certa.

Isso exige, antes de tudo, segmentação de público. Entender as características, hábitos, dores e referências de cada grupo ajuda a moldar campanhas que não pareçam "impostas" ou descontextualizadas. A mensagem precisa surgir de forma sutil e natural, inserida nos espaços que as pessoas já frequentam — sejam físicos, digitais ou simbólicos.

Na prática, isso pode significar desde a escolha de influenciadores que falem com nichos específicos até a presença da mensagem ambiental em lugares inusitados: um ponto de venda, um quadrinho infantil, uma feira local ou um vídeo de entretenimento.

Comunicação personalizada: falando com cada um do seu jeito

No Programa Reciclus Educa, braço educacional do programa, essa estratégia se reflete em parcerias com escolas, professores e secretarias de educação, onde o conteúdo é adaptado à realidade local. Em outras frentes, como a capacitação de lojistas e gestores públicos, a abordagem é totalmente diferente: mais técnica, prática e voltada à legislação e aos benefícios do sistema de logística reversa.

Esse modelo multicanal permite falar com diversos perfis sem perder o foco da mensagem. É assim que a educação ambiental se torna mais acessível: saindo dos discursos genéricos e entrando na vida real das pessoas.

O desafio da naturalidade

A abordagem precisa ser leve, contextualizada e, acima de tudo, respeitosa. Não se trata de forçar um discurso ambiental em espaços que não estão preparados para ele, mas de plantar a semente de forma que faça sentido. Quando conseguimos isso a transformação acontece, seja pela curiosidade despertada, pela empatia ou pelo senso de pertencimento.

Nesse contexto, iniciativas que unem histórias reais, dados acessíveis e linguagens criativas têm mais chances de gerar identificação e engajamento.

Engajar o público certo nas campanhas ambientais não significa apenas falar com quem já está disposto a ouvir. O verdadeiro desafio está em alcançar quem ainda não percebeu a relevância do tema, e fazer isso com empatia, estratégia e criatividade.

Investir em comunicação contextualizada e personalizada não é apenas um diferencial: é a ponte que transforma informação em ação. E, quando o meio ambiente é o centro da conversa, cada passo nessa direção conta.

Camilla Horizonte - Gerente de Operações e Marketing da Reciclus*

Sobre a Reciclus 

Desde 2017, a Reciclus – Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação – atua como entidade gestora da logística reversa de lâmpadas com mercúrio no Brasil. A organização operacionaliza a coleta segura, o transporte e a destinação adequada em parceria com recicladoras e transportadoras homologadas. Comprometida com a construção da Educação Ambiental, concentra esforços na produção e disseminação de conhecimento, especialmente para crianças e jovens. Desde o início de suas operações, foram coletadas mais de 48,5 milhões de lâmpadas fluorescentes nos mais de 3,8 mil pontos de coleta disponibilizados pela Reciclus.

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26/06/2025


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