Ética e responsabilidade: Escalar IA requer educação executiva e a criação de um ambiente seguro

É de conhecimento geral que a inteligência artificial vem se tornado um elemento cada vez mais presente na rotina das organizações atualmente e que a tendência é só crescer. Essa análise foi o tema central do EVOLVE25, a mais recente edição da conferência global de dados e IA da Cloudera em que tive a oportunidade de participar.  

Dentre todas as palestras enriquecedoras que tive a honra de assistir, a palestra “Woman Leaders”, que contava com a presença de grandes líderes do mercado de tecnologia, foi de longe a que me trouxe mais insights. Dentre essas reflexões, a que mais me deixou intrigado foi a fala da Adriana Rodrigues, Managing Director da Accenture. Ela afirmou que para escalar uma IA em uma empresa, urge a necessidade de uma assistência aos colaboradores para o uso dessa tecnologia de forma ética e segura.   

Diante dessa fala da Adriana, tive um momento reflexivo. Como um ingressante no mercado de trabalho aonde a IA é a principal ferramenta de auxílio as empresas, refleti sobre como essa tecnologia traz consigo um futuro brilhante para as companhias e como é inegável a bagagem e os benefícios que a ela entrega a sociedade. Entretanto, é necessário um pensamento estratégico por parte da liderança, já que, sem um uso ético desse agente, o fluxo de trabalho tende a ser impactado. 

Quando uma nova tecnologia chega ao mercado, os olhos de todos se abrem em deslumbre, é de nossa natureza querer testar o novo e nas empresas não é diferente. Todavia, à medida que esse componente é inserido na rotina das organizações, atinge todos os públicos, até aqueles que não tem a bagagem necessária para entender o que é uma inteligência artificial. Como é possível alguém usar algo em que não entende os impactos? Dito isso, vale, da parte dos gestores, um olhar tático nesse sentido.  

Não se trata de impor regras de uso, mas de educar. Afinal, a mesma tecnologia que otimiza processos pode, sem os devidos cuidados, abrir espaço para situações como vazamento de dados, manipulação de informações, alucinações e outros cenários indesejados. Isso pode ser colocado em prática de diversas formas, como em um espaço de experiências em IA, aonde seriam realizados testes sem nenhum impacto para a empresa, workshops, palestras, rodas de conversa e bate-papos que englobem os principais pilares da segurança em inteligência artificial, como controle de dados e políticas de transparência. 

O mercado de trabalho está em transição, novas tecnologias surgem a todo momento e diversas posições são impactadas por elas. Por isso, cabe as empresas terem em seu radar não só adotar essas ferramentas, mas também como as inserir em seu cotidiano e como letrar seus colaboradores de forma ética e responsável. Escalar IA não é apenas sobre tecnologia, é sobre criar uma cultura que combina inovação com responsabilidade, se queremos uma IA que traga progresso, precisamos investir tanto em infraestrutura tecnológica quanto em consciência ética. 

 

Matheus Bueno 

05/09/2025 

Sing Comunicação - Agência de PR no Brasil, México e Latam, especializada em tecnologia, inteligência artificial, assessoria de imprensa, gestão de reputação de marcas e estratégias de mídia para empresas globais. 

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