
Recentemente, a Sing Comunicação esteve na Confraternização 2025 da Abracom e foi muito mais do que brindar o fim de ano. Foi uma chance de olhar de perto para onde o nosso mercado está indo e entender que o futuro pós-IA não é um cenário distante. Ele já está moldando como trabalhamos, criamos e entregamos valor para os clientes.
O grande destaque do evento foi a palestra "Os futuros pós-IA", de Mateus Oazem (Futurist, Narrative and Strategist), que trouxe uma provocação direta: como vamos fazer futuro?
E para começo de conversa, ser futurista é fazer futuro, não apenas o prever. Essa frase de Oazem virou quase um mantra da tarde. Ou seja, agir hoje a partir das percepções de amanhã, sem esperar uma "grande virada" para começar a se mexer.
Ele organizou esse pensamento em três movimentos fundamentais:
1 - Navegar futuros é afinar nosso radar para o que está nascendo agora, o "novo radical" que ainda parece exceção, mas pode virar regra. É perceber sinais fracos, mudanças de comportamento e novos formatos, evitando que processos e modelos de agência fiquem obsoletos.
2 - Projetar futuros é sair do automático do "próximo job" e assumir uma visão intencional de longo prazo. Perguntas como "que tipo de agência queremos ser em 2030?" deixam de ser retóricas e viram guias reais para escolhas de time, serviços e cultura.
3 - Liderar futuros é criar nossos próprios caminhos em vez de só seguir tendências. Significa desenvolver artefatos do futuro, protótipos de serviços, campanhas imaginárias de 2040, para provocar a imaginação em nós e nos clientes. A ideia é antecipar necessidades, descomoditizar o trabalho da agência e assumir liderança de categoria. Como resumiu Oazem: não é para ser perfeito, é para ser feito.
IA como ferramenta, não como piloto automático
A inteligência artificial entrou na conversa com uma abordagem prática. A ideia central: foresight não é previsão mágica, é projeção. E projeção exige "opiniões fortes e apego leve", ter clareza sobre para onde queremos ir, mas disposição para ajustar a rota conforme os sinais mudam.
Ficou um convite simples e poderoso: acordar e notar o que mudou de ontem para hoje. Tudo é sinal, desde que a gente esteja disposto a enxergar. Ao mesmo tempo, o alerta: não dá para entregar todo o pensamento para a máquina. A IA "fala bonito", mas não assimila. Quem conecta pontas, interpreta contexto e toma decisão somos nós.
Agora que temos a máquina para acelerar o operacional, podemos finalmente ser mais humanos. Dormir, descansar e organizar pensamentos deixa de ser luxo e passa a ser parte estratégica do processo criativo. O diferencial das agências estará justamente no que é 100% humano: pensamento estratégico, criatividade, sensibilidade, relacionamento.
Outro recado importante: cultura não se importa pronta. O jeito Sing Comunicação precisa nascer da Sing Comunicação – das nossas pessoas, da nossa realidade, dos nossos desafios. E isso vale para como usamos IA: ela precisa servir ao nosso processo, não ditar como vamos trabalhar.
No fim das contas, a confraternização da Abracom juntou celebração e provocação. O que ficou mais forte foi a ideia de que o futuro pós-IA já começou e quem esperar para se mexer vai ficar para trás.
Letícia Riente
12/12/2025
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