Inovação no setor de energia exige coragem para experimentar e aprimorar processos

*Por André Sih

Há décadas, o setor energético brasileiro tem sido caracterizado pela sua resiliência e por investimentos robustos em sua infraestrutura. Ainda que esta solidez traga percepções positivas sobre o presente e otimistas para o futuro, ela vem cada vez mais acompanhada de pressões crescentes por sustentabilidade, eficiência operacional e a emergência de novos modelos de negócio que estão remodelando as expectativas e as demandas sobre as empresas. Diante desse panorama, a inovação deixa de ser um diferencial e se torna um pilar essencial para a transformação e a sobrevivência do setor.

 

Historicamente, a estabilidade e a segurança do fornecimento de energia foram as prioridades absolutas para o setor, o que levou à construção de grandes estruturas, com investimentos maciços e ciclos de vida longos. Contudo, a transição energética não permite mais que as empresas se acomodem e reforça a necessidade de descarbonizar suas operações, integrar fontes renováveis intermitentes, otimizar o consumo e responder a um consumidor cada vez mais ativo e exigente, o que pede uma nova mentalidade.

 

Esse cenário vai ao encontro do estudo “Sustainable Corporates 2025”, conduzido pela Morgan Stanley, que revela que 65% das empresas estão cumprindo ou superando suas expectativas com iniciativas ESG, mas 24% ainda citam o alto nível de investimento necessário como uma das maiores barreiras. Para cumprir essas metas, é importante que os executivos entendam quais ferramentas inovadoras são necessárias para viabilizar uma operação eficaz e alinhada a essas diretrizes.

 

Além disso, é fundamental que as empresas desenvolvam um olhar estratégico para o uso de tecnologias com inteligência artificial. Ainda que sua aplicação para análises e diagnósticos ajude a reduzir o consumo, é necessário ter cautela com a demanda de energia para construção dos data centers que viabilizam sua atividade, o que exige ações alinhadas às melhores práticas ESG, com ênfase na eficiência energética dessas infraestruturas.

 

Não há uma única solução ou tecnologia disruptiva capaz de transformar isoladamente o setor energético. A verdadeira mudança virá da combinação de inovações incrementais e transformações radicais em diversas frentes. É a combinação de avanços em armazenamento de energia, digitalização de redes, novos materiais, e até mesmo a reinvenção de modelos de comercialização de energia que, juntos, impulsionarão a mudança.

 

Diante deste cenário, tecnologias como os gêmeos digitais (digital twins) ganham relevância ao permitir a simulação virtual do funcionamento de usinas solares e eólicas. Com base em princípios da física combinados a algoritmos de inteligência artificial, esses modelos possibilitam análises técnicas mais precisas, apoiando decisões voltadas à eficiência operacional.

 

O cerne da questão está na criação de uma cultura empresarial focada em inovação. Para que o investimento tenha efeito prático nas operações e nos resultados do setor, as empresas precisam estar dispostas a experimentar, o que implica aceitar riscos calculados, reconhecer que nem toda iniciativa terá sucesso imediato e aprender com os erros. Isso acarreta a criação de ambientes que favoreçam dinâmicas colaborativas, troca de conhecimento, intraempreendedorismo, além do estabelecimento de parcerias com startups e universidades. Em resumo: é importante estar aberto a novas ideias, independentemente de onde elas venham.

 

O caminho é desafiador, mas a oportunidade de construir um futuro energético mais sustentável, eficiente e resiliente vale cada esforço já empregado e os que ainda serão necessários para transformar o setor.

*André Sih é Founder & Managing Partner da Fu2re.


Sobre a Fu2re

A Fu2re é especializada em soluções de inteligência artificial que transformam operações e otimizam processos nas indústrias de energia, óleo e gás. Com uma equipe altamente qualificada, desenvolve tecnologias de ponta, como o SmartVision AI, uma plataforma no-code que combina visão computacional e IA permitindo atualizações rápidas nos modelos de inteligência artificial. Com diversas soluções já em operação, a Fu2re se destaca por entregar resultados mensuráveis e assertivos, atendendo às necessidades específicas de grandes empresas. Reconhecida no ranking 100 Startups to Watch pelo segundo ano consecutivo, está no TOP3 entre scale-ups de IA e no TOP100 geral, consolidando-se como referência em inovação e transformação digital.


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18/08/2025


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