O futuro do trabalho é sobre pessoas: o que aprendemos com o HR4Results 2025

Aprendedorismo em foco no HR4 Results 2025: conceito apresentado por Klyns Bagatini propõe uma nova forma de aprender com base na resolução de problemas reais, inovação e evolução contínua 

Durante o HR4 Results 2025, um dos principais eventos de inovação em recursos humanos do Brasil acompanhamos conversas que estão moldando o futuro do trabalho e saímos de lá com aprendizados valiosos sobre o papel das lideranças, da tecnologia e da cultura organizacional na construção de empresas mais humanas e preparadas para o amanhã. 

Durante os painéis, dois nomes da Gupy se destacaram ao trazer reflexões sobre os caminhos do RH: Guilherme Dias, CMO da empresa, e Mariana Dias, CEO e cofundadora. 

Logo em sua fala de abertura, Guilherme destacou uma mudança de mentalidade essencial: "As inovações não são mais da porta para fora". Isso significa que os avanços mais relevantes não estão apenas nos produtos ou serviços entregues ao cliente final, mas, sobretudo, na forma como as empresas se estruturam internamente, cuidam de suas pessoas e criam ambientes de desenvolvimento contínuo. 

Nesse contexto, o futuro do trabalho, tão discutido nos últimos anos, não é mais uma abstração distante. Ele já começou. E, segundo Guilherme, será liderado por quem entende profundamente de pessoas. A gestão de talentos, antes vista como responsabilidade exclusiva do RH, passa a ser estratégica para todo o negócio. 

Outro ponto que chamou atenção foi o reconhecimento dos desafios contemporâneos. O burnout, por exemplo, foi citado como uma condição que atinge diferentes níveis hierárquicos. A boa notícia é que cresce o número de empresas atentas a isso e buscando soluções para ambientes mais saudáveis. 

Além disso, a configuração das lideranças está mudando: é cada vez mais comum ver profissionais da geração Z liderando equipes compostas por pessoas de gerações anteriores, como os baby boomers. Isso exige novas formas de comunicação, empatia e gestão. Afinal, as carreiras já não seguem mais um modelo linear. 

Já Mariana Dias trouxe uma visão provocadora e, ao mesmo tempo, realista sobre o impacto da inteligência artificial no setor. “No final de 2022, a IA deu um boom, e a área de Gente e Gestão foi diretamente impactada”, afirmou. 

De acordo com dados da Gupy, cerca de 75% das funções do RH terão impacto direto com a IA nos próximos anos. Isso não significa substituição pura e simples, mas sim uma transformação: sistemas organizacionais mistos, compostos por pessoas e agentes de IA, passarão a ser comuns. Mariana propõe, inclusive, uma nova nomenclatura: RHA (Recursos Humanos e de Agentes), para refletir esse novo modelo híbrido. 

Nesse cenário, os bons talentos serão cada vez mais escassos, e o foco do trabalho humano estará nas frentes mais estratégicas, criativas e voltadas à inovação. 

Mas essa transição exige maturidade. Como bem pontuou a CEO, “está muito mais difícil performar hoje em dia”. As empresas precisam se questionar: a vaga que está sendo aberta será preenchida por uma pessoa ou por um agente? E, mais importante ainda: a área de Gente precisa ser capaz de fazer o negócio prosperar. 

Liderança, cultura e o poder do networking 

Outro tema central discutido no evento foi a construção da cultura organizacional. Em uma das palestras, promovida por Suzie Clavery, CHRO Latam na TotalPass, foi reforçada a importância de transformar colaboradores em embaixadores de marca e isso começa na liderança. São os líderes que devem guiar, na prática, os valores da empresa com autenticidade e consistência. 

Ela também chamou atenção para um aspecto muitas vezes negligenciado: o networking. “Networking é uma atividade e uma ciência”, destacou Suzie. E, ao contrário do que muitos pensam, ele não acontece dentro do escritório. Construir conexões exige sair da bolha, buscar aprendizados e interações em outros contextos. 

Aprendedorismo e a atenção como diferencial 

Por fim, em um workshop ministrado por Klyns Bagatini, desconsultor, facilitador, product manager e LinkedIn Top Voice, foi introduzido o conceito de aprendedorismo, que propõe uma nova forma de pensar a aprendizagem no trabalho. O termo une a capacidade de aprender de maneira consistente a partir da resolução de problemas reais, com uma abordagem inovadora e voltada à evolução contínua. 

Klyns também reforçou a importância da atenção como recurso central da aprendizagem. Em um mundo saturado de estímulos, saber onde e como focar é o diferencial para aprender, crescer e inovar com propósito. 

O que tudo isso nos ensina? Que o RH está no centro das transformações mais profundas do mercado de trabalho. E que, mais do que adaptar-se à tecnologia, as empresas precisarão redobrar sua atenção às pessoas. O futuro não será liderado apenas por quem domina ferramentas, mas por quem consegue gerar conexões, promover bem-estar e criar valor humano em um mundo cada vez mais automatizado. 

Na Sing Comunicação, acompanhamos de perto as transformações que moldam o futuro do trabalho e da comunicação corporativa. Acreditamos que a inteligência artificial, a construção de cultura, o fortalecimento das lideranças e o incentivo ao aprendedorismo são pilares fundamentais para marcas que desejam crescer com consistência e relevância. Participar de eventos como o HR4 Results 2025 reforça nosso compromisso em estar ao lado de empresas e profissionais que acreditam no poder da comunicação estratégica para impulsionar negócios, sempre com foco em gente, inovação e impacto real. Agradecemos à Carla D’Elia pela oportunidade de acompanhar o evento e ter contato com tantos aprendizados. 

*Por Isadora Fernandes 

03/07/2025


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