Quando a IA é a fonte (e o risco): insights do webinar promovido pela PRMoment

Estar no webinar “GEO, Misinformation and the News: The Impact of AI on Trust of the Media”, promovido pela PRMoment, foi quase como entrar em uma máquina do tempo e dar uma espiadinha no futuro da comunicação. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, esse futuro já chegou e está moldando como as pessoas consomem informação e como marcas e profissionais de comunicação precisam repensar suas estratégias. 

Um dos debates foi sobre como a Gen AI e os LLMs estão mexendo com o jogo da mídia espontânea. Spoiler: não dá para continuar atuando como se estivéssemos no mesmo cenário de alguns anos atrás. 

Zero click: quando a resposta já vem pronta 

Lembra da época em que pesquisávamos algo no Google, abríamos vários links e comparávamos diferentes fontes antes de formar uma opinião? Pois é, isso já está deixando de existir. O que cresce agora é o conceito zero click: o usuário pergunta algo para a IA e recebe a resposta ali, sem precisar clicar em nada. 

Isso significa menos tráfego para veículos de imprensa, menos tempo de exposição a conteúdos diversos e, principalmente, menos exercício de pensamento crítico. Afinal, se a IA já entrega a “certeza pronta”, por que gastar tempo investigando? 

Outro ponto levantado foi sobre as fontes usadas pelos modelos de linguagem. Segundo as reflexões trazidas, eles se baseiam repetidamente nos mesmos veículos tradicionais, mas também puxam muito de plataformas peer-to-peer, como Reddit e Wikipedia, por exemplo. E aqui mora um risco gigante: basta um ator malicioso manipular essas fontes para que a desinformação se espalhe e seja replicada pela própria IA. 

O resultado? Bots que simulam comunidades inteiras, conteúdos falsos que entram no ciclo e acabam validados pela repetição. 

No entanto, se por um lado esse ambiente assusta, por outro, reforça o quanto os profissionais de comunicação são essenciais. O debate apontou três frentes estratégicas que precisamos assumir: 

  1. Monitorar – acompanhar narrativas e identificar cedo quando uma marca ou um tema está sendo distorto. 
  1. Otimizar – criar ecossistemas de conteúdo sólidos e multifacetados, garantindo que a informação de qualidade circule em diferentes canais. 
  1. Defender – agir rápido contra desinformação, corrigindo na origem e protegendo a reputação. 

Por fim, o recado é claro: a Gen AI não é uma ameaça isolada, mas um ambiente no qual vamos viver daqui para frente. Ela vai mudar o tráfego, a relação com mídias brasileiras e internacionais, a dinâmica de busca e até o jeito de criar narrativas e contar histórias. Cabe a nós, como especialistas em comunicação, ocupar esse espaço com responsabilidade e criatividade, garantindo que nossas marcas e clientes estejam preparados para o novo jogo. 

Na Sing Comunicação, acreditamos que o papel do nosso setor nunca foi tão estratégico. E é justamente por isso que acompanhamos de perto debates como o do PRMoment, para trazer insights atuais e preparar nossos clientes para navegar (bem) em um futuro que já está acontecendo. 

Por Letícia Riente 

06/10/2025

Sing Comunicação - Agência de PR no Brasil, México e Latam, especializada em tecnologia, inteligência artificial, assessoria de imprensa, gestão de reputação de marcas e estratégias de mídia para empresas globais.

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