mais recente pesquisa “TikTok no Brasil 2025”, conduzida pela Opinion Box, confirma uma virada de chave que quem trabalha com comunicação já antecipa há algum tempo: o aplicativo deixou de ser distração adolescente e se transformou em base cultural para todas as faixas etárias.
Quando 78% dos entrevistados dizem acessar a rede pelo menos uma vez ao dia e 52% admitem perder a noção do tempo enquanto deslizam o feed, fica claro que estamos diante de um espaço onde a atenção não é ocasional, mas cotidiana. Esse cenário, aliado ao fato de que 70% concordam que marcas devem usar as redes sociais para interagir, transforma o TikTok em aliado estratégico para qualquer plano de negócios.
Um dos principais desafios para marcas é entender a diferença entre “estar” e “ser relevante” para o público desta rede. Os dados revelam que 59% dos usuários seguem perfis de humor e que 62% usam a rede para se distrair, reforçando a máxima de que, antes de vender, é preciso entreter.
A curva de aprendizado pode parecer árdua para marcas acostumadas a formatos lineares, mas nosso case com o Snoopy prova que resultados vêm rápido quando se domina a linguagem nativa. Em apenas dois anos, o perfil oficial do beagle mais famoso do planeta saltou de zero para 700 mil seguidores, migrou de um público majoritariamente nostálgico (35+) para uma audiência 18+ e manteve índices de engajamento orgânico capazes de rivalizar com gigantes do entretenimento. O segredo foi tratar o algoritmo como roteiro: vídeos curtos, trilhas dubladas, memes cotidianos e, sobretudo, interação real, respondendo um a um dos comentários apaixonados de forma personalizada e na linguagem deles.
E no Brasil, o terreno ainda é bastante fértil para as marcas. Entre os dados de destaque na pesquisa, um importante mostra que apenas 16% dos usuários mantêm um perfil comercial na plataforma, garantindo que há espaço para muitas vozes replicarem o sucesso do Snoopy, desde que contem com curadoria criativa e monitoramento em tempo real.
Do ponto de vista de funil de vendas, o TikTok é uma abreviação de etapas. Quase metade dos usuários (45%) já segue alguma empresa e 36% afirmam ter comprado algo que descobriram na plataforma. Some a isso o fato de 58% acompanharem influenciadores e 41% já terem adquirido produtos indicados por eles, e temos um ecossistema onde awareness, consideração e conversão se mesclam no mesmo scroll.
Mas para que essa mecânica funcione, são necessárias habilidades que vão além da criação de vídeo: leitura de dados hora a hora — há picos claros entre 20h e 0h, faixa preferida de 36% dos usuários —, gestão comunitária capaz de transformar cada menção em oportunidade de relacionamento e negociação com creators dentro das regras de transparência que 77% do público afirma valorizar.
É exatamente aí que uma agência de PR e comunicação 360º, especializada em TikTok, faz diferença. Primeiro, porque a estratégia cruza social listening com os insights da pesquisa para definir quando publicar, quais trilhas sonoras usar e que memes adaptar à identidade da marca; segundo, porque possuímos profissionais preparados para entregar diferentes peças todas as semanas e sem perder coerência narrativa; e, por fim, porque traduzimos engajamento em métricas de negócio. A marca ganha velocidade de produção, consistência de voz e, principalmente, relevância orgânica — ativo que nenhuma verba de mídia paga consegue comprar a longo prazo.
E todo esse impacto ainda deve ser ampliado no futuro próximo, de acordo com a Opinion Box, já que 36% dos participantes da pesquisa dizem que usarão o TikTok ainda mais nos próximos doze meses, enquanto somente 13% sinalizam redução de tempo na plataforma. Ou seja, a janela de oportunidade está aberta, mas ficará mais competitiva. Quem chegar agora com estratégia de dados, narrativa de entretenimento e gestão comunitária terá vantagem parecida com a de quem, há anos, ocupou as primeiras posições no Google. Os algoritmos mudam; a atenção, não.
Se o Snoopy, personagem nascido em tirinhas impressas de 1950, conseguiu se reinventar para capturar corações da Geração Z, não há desculpas para que marcas de qualquer segmento fiquem à margem. O TikTok já provou ser mais que “rede do momento”: é onde se constroem vínculos culturais que transbordam para compra e lealdade.
E é justamente do encontro entre dados, criatividade e diálogo contínuo que surgem as próximas histórias de sucesso. A questão não é se a sua marca deve entrar no TikTok, mas quanto de mercado ela está disposta a perder por ainda não falar a língua que o Brasil consome diariamente em vídeos verticais de quinze segundos.
Marinna Cortez
03/11/2025
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